Alguém aqui se lembra de uma raça de cachorro chamada ‘Pequinês’? Eu lembro, pois minha tia tinha um. Naquela época eu não era nada amistosa com cachorros e não gstava do cheiro daquele cachorro.

Hoje já descobri por que: ele era chinês! =o

Sim, o nome vem de Pequim, a capital da China, que hoje é chamada de Beijing. Cachorro de Pequim, por isso pequinês.

Ele também era conhecido como Cachorro Leão, por sua semelhança com os leões ‘guardiões’, tão comum na entrada dos prédios e casas chinesas. Há uma lenda chinesa que diz que um leão se apaixonou perdidamente por uma macaquinha e ambos se apresentaram ao deus Hai-ho. Por amor, o leão sacrificou sua estatura e nasceu o pequinês, que conservou o porte bravo e orgulhoso do pai e a inteligência e a ternura da mãe.

 O pequinês é uma das mais antigas raças de ‘toy dog’ (cachorro de brinquedo, literalmente), testes de DNA registram o aparecimento em mais de 2000 anos atrás.

Por séculos, cães dessa raça só podiam pertencer aos membros do Palácio Imperial Chinês, conquistando o titulo de ‘animal sagrado’ e vivam confinados na Cidade Proibida. Em 1860, as tropas britânicas saquearam o Palácio Imperial e levaram 5 exemplares ao Ocidente. Os 5 que sobreviveram ao massacre promovido pelos nobres chineses, que preferiam ver seu cães mortos do que levado ao estrangeiro.

Muito tempo depois, a Imperatriz viúva Cixi, apesar de apresentar o pequinês para muitos americanos (incluindo a filha de Roosevelt, que colocou o nome de Manchu em seu cãozinho) disse sobre a raça: “deixe-o comportar-se com dignidade; deixe-o aprender a morder os demônios estrangeiros num instante”.

De lá para cá, a raça sofreu muitas interferências por falta de conhecimento de seus donos e escassez de parceiros para procriação, o que fez a raça se modificar bastante.

Hoje não há muitos pequineses por aí, mesmo na China.

Zái Jián!