Comida é um assunto inesgotável por aqui. Cada vez que saio, principalmente a pé, me deparo com mais e mais coisas esquisitas, peculiares, às vezes estranhas outras vezes engraçadas.

O que mais me impressiona ainda (eu já devia ter me acostumado com isso) é como eles comem essas coisas e como conseguem comer desse jeito e nesses lugares.

Mas tudo bem, já sei por que aqui as pessoas quase não ficam doentes: já nascem produzindo anticorpos numa velocidade que nosso organismo ocidental jamais vai alcançar; se bem que posso apostar que hoje já estou mais imune a uma série de coisas (rs), acho que o próprio ar obriga nosso organismo a se defender.

Na primeira foto tem um carrinho de “churrasco”. Espetinhos de várias cores, não me perguntem de que. Depois ao lado a barraquinha de frutas no palito (se bem que já havia visto isso na Rua 25 de março em SP), então é refeição completa: prato principal e sobremesa.

Agora o que mata mesmo são essas carnes penduradas pelas ruas. Ou melhor, o esqueleto e a carne secando ao ar livre. E depois todas vão para a panela e o povo come. Nessa foto parece ser num “restaurante”, mas já cansei de ver esse tipo de coisa, com animais menores claro, nas varandas das casas, para consumo próprio.

E quando não é a época de “secar” a carne, os açougues com carne fresca são ainda piores. A exposição é a mesma: no meio da rua.

Aí o contraste é gritante nos locais onde há acesso a estrangeiros, em especial turistas. Nas fotos abaixo podemos ver as mesmas comidas, mas sendo vendidas acondicionadas adequadamente, os atendentes de uniformes LIMPOS, tudo dentro dos conformes.

Então alguém me escreveu dizendo que sempre teve a impressão que existiam várias chinas. E existem mesmo. O povo do norte não entende o dialeto do povo do sul, o tipo de cultura varia muito de um lugar para o outro. Mas o mais impressionante é você perceber essas enormes diferenças dentro da mesma cidade, dentro do mesmo bairro. Às vezes basta sair da avenida principal, passagem obrigatória e entrar duas ou três ruas. Pronto, já está em outra realidade.

Isso é a China real, que nós não conseguimos entender.

Mas dando uma de “advogado do diabo”, quem conhece Belém do Pará, o famoso mercado “Ver o Peso”, não está muito distante de conhecer a realidade chinesa em relação à higiene e conservação de alimentos.

Fica o ponto para pensar! =]

Zài Jiàn!