Mesmo vivendo aqui há anos, sempre que viajo dentro da China, encontro coisas que me surpreendem, me encantam e me deixam boquiaberta de vez em quando. Sim, ainda posso me espantar com as coisas que cruzam meu caminho nesses 11 anos de estrada chinesa.
E, se querem saber, ainda terei muitos ‘óhhhsss’, centenas de ‘não acredito no que estou vendo’ e milhares de ‘só na China, mesmo’. Aqui parece que tudo é inesgotável, até nossas descobertas diárias!
Mas, na última aventura chinesa, em Guilin, vi bastante coisas interessantes e fotografei. Mas é difícil escrever de cada uma, ao mesmo tempo que fico morrendo de vontade de mostrar tudo a vocês. Então decidi fazer um ‘resumão’ aqui.
Espero que se divirtam.
A comida.
Encontramos muitos pratos que são cozidos no bambu.
O arroz foi nosso almoço.
Já o frango não tivemos coragem de experimentar, pois o bafo do cozimento já exalava pimenta suficiente para me fazer espirrar. Pimenta e Christine não combinam! Fato.
Ficamos espantados com a quantidade de frutas, e de sucos de frutas. Pela época (aqui é verão) a quantidade de barracas de manga e coco, e os sucos saindo na hora, era de deixar a gente zonzo. O cheirinho de manga se espalhava pelas ruas e becos. Delicioso!
E o leite de coco que é uma bebida mais comum aqui do que a água de coco.
Também haviam outras frutas e as flores de lótus (que escrevi sobre como se come aqui).
As vendedoras de frutas com seus cestos equilibrados no bambu, foram um capítulo à parte.
Os doces também, feitos de maneira artesanal.
Aqui tem o primeiro, que faz uma pasta de amendoim, nozes e outros grãos e vão martelando até eles grudarem e formarem uma ‘bolacha’, que é cortada em quadrados. Lembra muito nosso pé de moleque, mas sem o açúcar, pois o que dá a liga na massa é a própria gordura do grão que é ‘martelado’. Reparem no martelo enorme de madeira no ombro do rapaz.
O de cima, a direita, é um enorme favo de mel, que eles cortam os pedaços na sua frente e você escolhe e compra por quilo.
O outro é um bolo feito de rosas. Pessoalmente eu não gosto. Como os doces de chá verde, para mim tem gosto de perfume.
Uma outra forma de preparo que me chamou atenção, foram os ovos cozidos na brasa. Na panela há algo como cinza de carvão em brasa (cinza), que dá para notar a fumaça saindo. Os ovos são colocados na p beirada da panela e ficam ali até estarem cozidos. Interessante.
As meninas vestidas como soldados do exército vermelho, vendiam e chupavam os picolés… na realidade acho que mais comiam do que vendiam, mas deixa isso para lá. Fofas.
Os picolés a base de frutas e leite, artesanais, eram a febre na cidade. E os sucos de manga com generosos pedaços… Yummy…
E, para comprovar que minha impressão com o frango apimentado não foi em vão, algumas das barracas que vendem pimenta. Gente, são muitas… praticamente o mesmo produto, mas ao passar na frente seus olhos lacrimejarem de tão fortes que são.
Meios de transporte
O trânsito é o caos, como em toda a China, mas aqui tem requintes desse estilo caótico que não encontro palavras para descrever. Se eu achava que em Shanghai haviam muitas motinhos e bicicletas, esse conceito caiu por terra depois de conhecer Guilin. Uma coisa absurdamente absurda! Desculpem a redundância, mais foi proposital e inevitável!
Os meios de transporte também são característicos, até por ser uma zona rural.
Burros, cestas em varas, cadeiras carregadas por homens, como na época do Império, e canoas de bambu. Tudo isso acaba fazendo parte do cenário dessa cidade, mas nem parece a China que vivo. Claro que a moça que carregava as cestas andava passando mensagens via wechat pelo seu smartphone chinês. Isso é só um detalhe.
Produtos típicos
Quem viaja, via de regra, adora andar nessas ruazinhas cheias de lojinhas com produtos locais. É uma atração que agrada a todo turista. Em Guilin é encantador ver o colorido e a diversidade de coisas. Claro que você pode comprar os mesmos produtos em Shanghai, no Yu Garden, ou mesmo no Taobao. Mas não é a mesma coisa que ver ao vivo.
Haviam muitas coisas em madeira entalhadas, esculpidas de todos os tamanhos que puderem imaginar. E os objetos feitos com chifres. Super interessantes.
Aqui, algumas fotos das barracas que vendiam os objetos de chifres, já polidos e com função prática (colheres, pentes, pulseiras…) e os chifres sujos e sem brilho espalhados no chão a espera do artesão.
Das coisas inusitadas, essa pedra de bacon me deixou perplexa. Tive que pegar uma na mão para ver que era fria e dura. Chamam de Bacon Stone. E engana bem o desavisado. Só não entendi quem vai comprar um troço desse. Mas tudo bem… esse problema não é meu!
Outra ‘pérola’ foi o chapéu de cowboy com cabelo… não é o máximo? SQN… hehehe
A mesa posta com tudo ‘fake’ para atrair cliente e, claro, a motinho de entrega do taobao no meio da muvuca de gente e o cara com o dedo grudado na buzina. E salve-se quem puder!
Ilha do amor
Sim, isso mesmo… no caminho entre o Elephant Trunk Hill e o lago onde ficam os Moon and Sun Pagodas (que descrevi no post sobre Guilin), atravessamos uma ilhota chamada Love Island. Consiste num imenso jadim, todo enfeitado com esculturas de pedra e outras feitas de nylon estruturado com iluminação interna (bem ao estilo chinês de ser) de casais se abraçando, se beijando, andando de mãos dadas… mas são dezenas delas!
Na próxima, vou contar das pessoas que encontrei.
Zái Jiàn!
É muito bom “viajar” pela China em sua companhia.
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Obrigada Célia!!! É um prazer ter a companhia de vcs! Abraço.
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oi!
que delicia de post!
para começar a pedra bacon dá um ótimo peso para papel, os pentes de chifre me pareceram muito bonitos! Os tapetes de que material são?
os objetos de bambu, taquara (cestos), e os outros, me pareceram muito interessantes!
estou esperando, quando vc for para sítios mais distantes, em que muitas coisas diferentes vão aparecer! o arroz cozido no bambu, tem que sabor?
e acredito que o bambu não seja reaproveitado!…….ai está a grande maravilha do criador do Universo, o Universo, em que a inteligencia vai aproveitando o que tem a mão!….
beijo grande para vc e familia!
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O arroz é grudadinho e tem um pouco de gosto de carvão. Mas é bom. E realmente o bambu não é reaproveitado.beijo grande!
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Mais uma vez confesso amo suas publicações já estou me sentindo na China…leio td e fico encantada..grande abç
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Obrigada Ana Luiza! Beijo
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