Continuando nossa viagem a Hong Kong E Macau, deixamos o terceiro dia para visitar Macau. De acordo com minha experiência de 2007, um dia era muito mais do que suficiente para essa visita. Mas… percebemos que não.

Na realidade conseguimos ver o básico sim, só que hoje em dia Macau é muito mais que o básico… é um luxo só!

Agora tenho que fazer um merecido parênteses:

Esse blog faz toda a diferença na minha vida, desde que iniciei a relatar o que significa a ‘China na minha vida’ muitas coisas boas aconteceram, muitas amizades queridas e importantes de hoje foram feitas por aqui. Oportunidades de trabalho, um novo rumo para minha carreira profissional que estava adormecida, muitas possibilidades. E há quem não acredite, mas as coisas acontecem assim, de uma forma tão inesperada que às vezes até assusta!

E a Fernanda apareceu assim, de repente, por conta da ação que faço na página do Facebook, Turistando na China, onde as pessoas mandam fotos suas em pontos turísticos daqui. Ela me enviou várias fotos e disse que morava em Macau, mas que havia visitado a China Continental. Isso há duas semanas da minha viagem, já marcada para Macau! Claro que perguntei se ela conhecia algum guia, com carro para alugar, para facilitar nossa estada relâmpago no lugar.

Bom, ela não só foi nos encontrar para almoçar na chegada da Barca que nos levou a Macau, como passou o dia todo conosco, nos levando para cima e para baixo, no seu próprio carro. Éramos em 6 pessoas… E não conheceríamos metade do que conhecemos se não fosse essa super acolhida da Fernanda. Não há palavras que possam agradecer o seu carinho, seu tempo e disponibilidade.

Por essas e outras que tenho uma gratidão enorme pelas oportunidades que a vida me dá. Pelas situações e pessoas que aparecem na minha jornada!

O roteiro

Saímos pela manhã de Hong Kong, no terminal de barcas. Tomamos o Jet Turbo, com destino a Macau. Como já disse o tempo não estava muito a nosso favor nessa semana. Mas a ida foi tranquila, mesmo com chuva.

Uma coisa importante a se lembrar: que Macau é outro país e para ir para lá, passamos novamente na alfândega. Todo o processo burocrático de saída de um país e entrada no outro é feito. Então não esqueça o passaporte!

Logo que chegamos, a Fernanda nos pegou na estação, e fomos fazer um roteiro básico na parte que eu conhecia de Macau (e pensava que acabava ali…hehehe).

A parte antiga da cidade, continua linda e cheia de charme. Os casarios no estilo português, as placas escritas na nossa língua, os nomes tão familiares… é muito gostoso de se ver. Mas não se iluda que o numero de macaenses que falam o português é realmente quase zero!

Vimos a torre (da outra vez subi até o mirante), e a vista de Taipa do outro lado do canal. A ponte que liga os dois locais é super interessante, pois tem um túnel abaixo da pista que só é usado quando há ameaças de mau tempo, tempestades e tufões. O controle é feito por radar e quando o índice chega em T8 (vai de T3 a T10), tudo fecha e é aberto o túnel. A única maneira segura de se atravessar de Macau para Taipa.

Ainda fizemos mais um ‘tour’ de carro pela cidade e atravessamos a ponte para Taipa. E aí começaram as novidades.

Casinos – a Las Vegas do Oriente

A situação de Macau é a mesma de Hong Kong: é um país, só que colonizado por Portugal, mas em fase de transição para passar a ser território da China. Essa fase teve inicio em 1997 e durará 50 anos. Se vai passar a ser China de fato, no final do prazo, é algo que teremos que esperar para ver. Os interesses são muitos de ambos os lados.

Mas vamos ao que interessa no momento. A ilha de Taipa é onde estão concentrados o maior número de casinos. Todos de um luxo e uma grandiosidade dignas da China!

Até meados de 2007, os casinos famosos de Macau eram o Lisboa (o primeiro) e o Sands. O jogo de azar sempre foi o forte de Macau e muito dinheiro já rolava nas apostas.

Em agosto de 2007 foi inaugurado o Venetian, nos mesmos moldes de Las Vegas, com mais luxo e imponência ainda.

Como disse para vocês no inicio, o tempo não nos ajudou nesses dias, e de repente, me vejo num local com o céu azul, o sol batendo… O que estava acontecendo? Será que havíamos ficado tanto tempo assim ali dentro, para mudar radicalmente o tempo? Não, gente! Tudo era uma ilusão! ‘Fake’ mesmo… os raios de sol, o céu azul, a brisa! Uma coisa impressionante.

Não vimos, mas a Fernanda nos contou que ao entardecer, acontece o por do sol, até a o céu ficar estrelado. Pode uma coisa dessas? Também tem o canal com as gôndolas, mas aí já é bem com cara de ‘fake’. O céu e a atmosfera do local que me impressionaram. Essa parte do complexo é como uma praça de eventos, onde tem atrações a cada hora e rodeada de lojas de luxo.

O casino em si é imenso. Passamos num pequeno pedaço dele e jogamos 10,00 Patacas (sim, esse é o nome da moeda de Macau, igual a do Tio Patinhas…rs). Dei sorte e saí com 66,00 HKdólar (que vale um pouco mais que a Pataca). Esse é o máximo que consigo fazer num casino!

Mas mesmo assim, tenho planos de visitar Macau novamente e me hospedar num desses hotéis casinos. Só pelos shows e atmosfera de ‘ilha da fantasia’, vale a pena.

Uma outra atração  que a Fernanda disse que é imperdível, é o show de águas dançantes no Conrad Casino. Mas não tivemos tempo.

Ainda passamos de carro pela avenida principal e vimos todos os prédios acesos. Parece que há uma vida pulsante… a atmosfera é de festa, 24 horas por dia.

Outra coisa que nos impressionou foi a quantidade de novos empreendimentos que está sendo construída. E aí já dá para imaginar (ou não) a grandiosidade dos próximos casinos-hotéis que vão ser inaugurados em breve.

Porque um tem que superar o outro, chamar mais atenção, despertar mais interesse e desejo!

E haja criatividade! E dinheiro.

Mas isso não é problema em Macau. O governo é tão rico, que além do cidadão (incluindo os expatriados) não pagar impostos, ainda recebe um bônus do governo no final do ano!

Ai, sonho de consumo esse, não é?

Então fica a dica de mais um lugar imperdível para conhecer na Ásia. Pitoresco, diferente e tão perto da China!

Zái Jiàn!