Sabem o vestido tradicional chinês que todas as mulheres adoram? E hoje encontramos em diversos modelos, inclusive como blusas e casacos?
O nome dele é QIPAO (se fala tipao). Ele também é conhecido como Cheongsan, que quer dizer vestido longo, nome que foi introduzido no vocabulário inglês através do dialeto cantonês.
Mas o vestido surgiu na época que a Dinastia Qing (manchu) governava a China. As mulheres manchu usavam um vestido longo, grande e solto que nada tinha haver com o qipao que conhecemos hoje. Ele cobria a maior parte do corpo da mulher, revelando apenas a cabeça, mãos e as pontas dos dedos. A natureza das roupas folgadas também serviu para ocultar o corpo feminino, independentemente da idade.
As mulheres da etnia Han, começaram a usar o qipao por volta de 1925, depois que Shanghai desenvolveu na década de 1920 o desing desse qipao que conhecemos que exalta as formas do corpo, sendo fechado até o pescoço com gola alta, geralmente abotoado do lado direito e com generosas fendas no comprimento. Detalhes elaborados, bordados e botões especiais.
Costumo dizer que para as chinesas, decote profundo é uma afronta. Mesmo nas roupas de hoje o decote, tão comum no mundo ocidental, não é muito usado por aqui. Em compensação, as pernas estão liberadas! Não só notamos isso pelas fendas do qipao, mas no comprimento (ou falta dele…) que há nos shorts e nas saias que elas usam inclusive no ambiente de trabalho.
A Revolução Comunista reduziu a popularidade desse traje e, durante a revolução cultural, chegou a ser banido por representar o luxo da classe dominante. Mas os emigrantes e refugiados levaram a tradição para Hong Kong, onde permaneceu popular.
Ultimamente o Qipao voltou a ser um traje elegante e usado em festas e casamentos. Ele é tido como um traje único e que não exige acessórios, ou seja, chique e prático. Os restaurantes e hotéis chineses também adotam diferentes tipos de Qipao nos uniformes, o que dá um visual elegante aos locais.
Quem vier à China, pode levar um bonito Qipao comprado num dos mercados fakes por um preço acessível (depois de muita pechincha, claro) ou mesmo mandar fazer num ‘tailormade’ com tecidos mais finos e detalhes personalizados. O duro mesmo é o corpo da mulher ocidental entrar nas medidas da oriental…
Ou pelo menos matar a vontade usar um qipao, indo num estúdio fotográfico chinês para escolher entre as numerosas opções e guardar o momento para a posteridade! J
Zai Jian!