Se algum dia alguém lhe falar: “eu conheço a China, já fui para Hong Kong (HK)”, esquece. Essa pessoa não tem nem idéia do que é a China.
Apesar de a maioria dos habitantes serem chineses, HK é uma cidade tipicamente britânica. Nem o idioma falado é o mandarim. Lá os chineses usam o cantonês, um dos muitos dialetos que existem na China. Mas na realidade a língua mais usada é o inglês. Os hábitos são muito semelhantes com os ocidentais, os carros são guiados do lado direito (mão inglesa).
Lá as pessoas não cospem nas ruas, não arrotam na mesa, as ruas são limpas e por mais chinesa que uma loja ou mercearia possa parecer, a questão da organização, disposição e acondicionamento dos produtos já te dá um claro sinal que ali não é um lugar tipicamente chinês.
Sempre digo que HK é uma cidade européia habitada por chineses educados. E pode parecer besteira, mas a diferença é quase palpável.
Em 1997, HK voltou ao domínio chinês (não sem muitos protestos e tentativas de se tornar independente ou pelo menos continuar como território britânico) transformando-se numa Região Administrativa Especial, depois de 156 anos de Colonização Britânica. Mesmo assim, HK ainda possui um alto grau de autonomia, com exceção da política externa (relações diplomáticas) e Defesa Nacional, que tem que seguir os ditames da capital, Beijing. A economia é capitalista e altamente desenvolvida. A moeda é diferente, o “dólar de Hong Kong”, apesar de ter quase o mesmo valor do Remembie.
Lá não há a censura que existe na China: internet (facebook, blogs, sites internacionais de notícias, youtube) e TV a cabo não são bloqueados.
Para ir para HK, Macau (depois falo sobre essa pitoresca colônia portuguesa) e Taiwan tem que se passar pela Alfândega, pois é considerada viagem internacional com todos os trâmites exigidos para quem entra e sai da China. O chinês precisa de visto para viajar para HK, assim como o estrangeiro que tem visto de turismo com 1 entrada, se for para HK e quiser voltar para Beijing, por exemplo, tem que ir ao consulado chinês e tirar outro visto para poder entrar novamente na China. Recebemos carimbo no passaporte quando entramos e saímos como se realmente tivéssemos visitado outro país. É muito interessante.
Por isso dá para entender as diferenças gritantes em relação aos hábitos e costumes.
Sobre o turismo, falo amanhã! J
Zai tian!
Em relação aos carros, se circulam em mão inglesa… É do lado esquerdo, e não direito, como se refere o texto!!!
CurtirCurtir
Oi Silmar,
Na mão inglesa, o motorista senta do lado direito do carro, para quem está dentro.
Confere?
CurtirCurtir