Já falei algumas vezes aqui que uma das coisas que mais me impressiona é a capacidade de transformação urbana, da noite para o dia praticamente, que está ocorrendo na China. Em especial nas grandes cidades como Beijing e Shanghai.
Viadutos são construídos em tempo recorde, casas demolidas e prédios erguidos numa rapidez assustadora. A modernidade está revolucionando a construção civil e a arquitetura chinesa.
Só que ao mesmo tempo, ao lado de um guindaste ultramoderno, construções em concreto pré-moldado e prédios inteirinhos de vidro, os andaimes são feitos de bambus, os trabalhadores não usam proteção nenhuma e os procedimentos ainda são rudimentares.
No final podemos dizer que eles conseguem aliar o moderno e o antiquado. As novas tecnologias com a prática milenar.
Olhando para as pessoas nas ruas e nas casas antigas ao lado de arranhas-céus, temos a impressão que eles convivem com o novo, mas não aceitam como estilo de vida. Como se fosse uma coisa muito distante que não lhes pertence. Continuam com os velhos hábitos de comer na rua, as roupas penduradas pela cidade, o lixo espalhado dentro das casas.
Para coibir os velhos e rudimentares hábitos como de cuspir no chão ou jogar lixo nas ruas, por exemplo, o governo instituiu uma multa, fez uma Lei que proíbe isso nos aeroportos, nas instalações das olimpíadas e da Expo. Além de uma campanha maciça nos meios de comunicação e colocando nas ruas o que poderíamos chamar de “educadores”.
Num semáforo existe um “educador” em cada esquina, impedindo as pessoas de atravessar fora da faixa e/ou quando o sinal de pedestre está vermelho. A iniciativa é muito interessante, só que num país de milhões de habitantes, acredito que essas ações atinjam muito poucos e somente são aplicadas nos locais onde vivem muitos estrangeiros.
Para resumir, o progresso que chega através do concreto é rápido e visível, mas a cultura local leva décadas para alcançar o mesmo patamar.
Até!
Aqui temos aproximadamente 30% da população chinesa e não vejo possibilidade do governo modificar hábitos centenários. Do contrário, e na atual situação, o povo é quem está ensinando algumas coisinhas para o governo. ( rsrs ) Roupas penduradas, bases de bambús… isso não é nada perto da sujeira espelhada pelos nossos governantes.
Bjs Marotinha!
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