Depois de nos divertimos na casa engraçada de cabeça para baixo, e tirar muitas fotos, fomos visitar a ‘Jinshan Peasant Painting Village’. Na realidade as duas atrações ficam no mesmo local, ocupando duas áreas diferentes. O ingresso para a visita dos dois locais sai por RMB 80,00.
A entrada é através de jardins e casinhas bem simples com cercas, por uma caminho de pedra. Entre as cercas e as casas, pudemos ver muitas hortas, mantidas pelos próprios artistas e suas famílias que ali vivem.
Como fomos em um grupo organizado (e estava chovendo e frio demais), nos levaram direto para a casa de um dos artistas, onde haviam quadros expostos, as mesas de trabalho, e quem quis pôde pintar seu próprio quadro. Esses quadros são preparados com antecedência, os interessados recebem as telas já desenhadas e é só pintar com a supervisão dos artistas de plantão.
Sou péssima com pincéis, então fiquei só observando…rs
Também se pode comprar por um preço bem acessível as obras disponíveis nas casas/atelier, espalhadas pela vila.
Foi uma pena o tempo ter dado uma atrapalhada no passeio (mas não no espírito do grupo), e pouco andamos pelo local.
Cidade natal da arte popular chinesa
Cerca de 70% da população chinesa são camponeses. A pintura popular chinesa reflete estilos e cenas da vida dos camponeses nos vastos campos da China.
As pinturas são feitas por camponeses, integrando as artes populares de impressão e tingimento, bordados, corte de papel, escultura em madeira e pintura, e retratam costumes do camponês e sua vida cotidiana. Esta arte popular nasceu em 1972, sob a orientação de um pintor profissional Wu Tongzhang. Um grupo de mulheres que eram boas em bordados e tecelagem usaram o papel como pano e o pincel como a agulha e criaram esta arte rústica. No final da década de 1970, se tornou popular e ‘Jinshan Peasant Painting Village’ fez sua estréia internacional na Expo 1980 em Bruxelas, na Bélgica.
Esse tipo de pintura é antiga e nova. É antiga porque se origina das tradições milenares chinesas, e é jovem porque, como gênero de pintura, surgiu nos últimos trinta anos
Além disso é totalmente livre de regras (eu acho muito parecida com o estilo Naif) e tem um vigoroso impacto artístico que é forte, sincero e ousado. Sua modelagem exagerada, distorção e estilo surrealista podem dar tanto um sentimento de veracidade e como de ingenuidade. As cores vivas e a composição são muito criativas e alegres. Esses trabalhos possuem a simplicidade das pessoas que vivem longe da complexa vida da cidade grande.

Na entrada de cada casa, tem um breve currículo do artista que vive ali.
Atualmente, as ‘China Peasant Painting Village’ estão em crescimento sólido sob o apoio conjunto do governo, da mídia e dos próprios pintores camponeses. Essas vilas também atrai pintores das Província de Jilin, Shaanxi, Shandong, Yunan e Jiangxi.
Academia
Junto a vila dos artistas, há a ‘Jinshan Peasant Painting Academy’, que foi fundada em 1989. Tem mais de uma centena de pintores registrados. Mais 6000 peças produzidas por esses artistas, já foram exibidas na China e em cerca de 20 países. Muitas peças foram coletadas por galerias nacionais como a ‘Galeria de Arte Chinesa’ e o ‘Instituto de Pesquisa de Pinturas Chinesas’. e na pesquisa para o texto, encontrei sites que vendem, na Europa e Estados Unidos, as telas dos artistas chineses.
Técnica e material
A pintura popular de Jinshan utiliza guache sobre o papel arroz (a tela básica se compõe de 3 ou 4 pedaços de papel de arroz). É uma técnica inovadora que adota métodos tradicionais e ocidentais de pintura.
E o resultado é maravilhoso!
Almoço
Nessa altura do campeonato, com a chuva e o frio, todo mundo estava morrendo de fome. Apesar que o artista que nos recebeu, providenciou uma panelada de batata doce e amendoim, regados a chá. A pena foi que tudo logo esfriou.
A Fernanda, que organizou tudo isso, escolheu o restaurante da própria vila, para almoçarmos. Claro que comida chinesa, num restaurante chinês! E posso garantir: estava tudo uma delícia. Como sempre, comemos muito.
Esse é o grande problema de se comer em restaurante chinês. São tantos os pratos que servem, e a gente quer experimentar de tudo um pouco, que no final acabamos exagerando.
Mas valeu cada minuto, todo o frio e a umidade daquele dia. Nos divertimos demais.
Depois do almoço, quem tinha que voltar mais cedo para Shanghai foi embora e quem podia estender o passeio foi para a cidade das águas – Fengjing, que vou mostrar no próximo artigo.
Fiquem de olho! =]
Zái Jián!
Adorei…
Já tinha visto fotos dessa viagem com a casa de cabeça p baixo….mas saber de tudo isso, realmente foi excelente o passeio.
Bjs
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Pingback: Fengjing – cidade das águas | China na minha vida
oi!
estou babando!
que coisa linda e deliciosa!
aqui no Brasil o novo presidente quer acabar com o ensino de artes…….
fica combinado assim!
Menina aproveite cada vez mais essas oportunidades, e se alimente……
não sou bom em história da arte, e em classificar, mas realmente me lembrou
o naif!
gostaria de saber , quando vc fala em 3, 4 pedaços de papel
arroz, como isso é feito?
uma civilização de milênios, tem coisas incriveis!
beijo grande para vc e familia!
aqui caloooooorrrrrrrrrr!
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Oi Edson, sabia que vc ia gostar desse post! 😍
Beijo grande.
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