Sempre encontro umas curiosidades nos jornais e revistas chinesas que são direcionadas ao publico estrangeiro, ou seja, são em inglês.
Só para esclarecer: por mais que haja chineses aprendendo inglês, o número ainda é muito pequeno dentro do universo da população desse país, portanto não suporta publicações nessa língua que sejam rentáveis. Então chego à conclusão que somente aos estrangeiros interessa esse nicho de informação. Mas vamos ao que interessa…
Apesar do que acabei de escrever, a policia de Shanghai está começando a aprender inglês, através de um curso oferecido pelo governo, para os que trabalham com atendimento direto ao estrangeiro. Parece que agora, quando formos renovar nossos vistos, já poderemos ‘bater um papo’ com os oficiais que nos atendem. O problema é que dentro do sistema educacional chinês, onde o decorar é o caminho mais simples, e só assim eles sabem fazer, já que não se muda um sistema desses da noite para o dia, eles aprendem expressões fixas, diálogos que são comuns ao dia a dia, mas que às vezes sofrem alterações (afinal não somos robôs) e aí começa o problema. Por que se você pergunta ou fala algo que foge desse ‘padrão’, esquece. Vai ser difícil eles te entenderem.
Outro dia meu marido estava entrevistando um rapaz para trabalhar na empresa. Se apresentou e pediu que ele falasse um pouco da sua experiência. Realmente o inglês do rapaz parecia muito bom, com entonação e pronúncia impecáveis. Aí o Mário resolveu falar para ele de uma situação que teria para resolver e perguntou o que ele faria. O rapaz olhou bem para o Mário, acho que deve ter respirado fundo, e começou a falar novamente com seu inglês impecável. O problema foi que ele estava repetindo tudo que já havia falado. Exatamente o que decorou para uma entrevista de emprego. Resumindo, ele não fala inglês. Somente decorou algumas frases pré-elaboradas para sua apresentação. Isso é um grande desafio para a China, acredito. Reverter essa situação de ‘faz de conta’ que uma boa parcela da população tem com outro idioma.
Mas, apesar disso tudo, com inglês fluente ou decorado, a China já ultrapassou os EUA no comercio varejista de alimentos e bebidas. A próxima marca que será ultrapassada em pouquissimo tempo será os sócios/usuários de academia de ginástica. Assim o tio Sam acaba mudando para a China…
Só que o Reino Unido também perdeu o poder de compra de VINHOS, isso mesmo, para o mercado chinês. No primeiro semestre de 2011 o mercado chinês movimentou 90 milhões de Euros. Ou seja, nem o chinês está mais aguentando consumir o Great Wall, o vinho mais popular na China. Pode-se dizer que seria o ‘Chapinha’ brasileiro…uiiiii.
E enquanto o mundo não aguenta mais ver tantos Starbucks, aqui na China o negócio vai de vento em popa e crescendo a cada dia. Na China desde 1999, com sua primeira loja em Beijing, hoje a rede possui mais de 570 lojas espalhadas em 48 cidades chinesas. E segundo a empresa, até 2014 a China será o segundo mercado mundial da rede, somente atrás dos EUA (por enquanto…).
E a última que li hoje pela manhã no China Daily: a Disneyworld que está sendo construída em Shanghai (previsão de inauguração em 2015) terá o MAIOR Castelo já construido nos parques da Disney no mundo (isso é basico, né? Ficaria decepcionada se fosse qualquer coisa diferente disso…).
E só mais um pequeno detalhe: geralmente os castelos da Disney (atração Central de todos os parques) tem como ‘dona’ uma das Princesas Disney, certo? Mas aqui não! O Castelo da Disney Chinesa terá muitas princesas… de Cinderela (coisa mais comum…) a Branca de Neve, sem esquecer de Pocahontas e outras tantas que estão presentes na nova geração de princesas Disney. E vamos ver no que dá isso… Haja castelo para tanta princesa!!!
Zái Jiàn!