Bom, nessa semana que passou realmente eu estava ‘meio atordoada’ com o fuso, cansada com a viagem e ainda veio um feriadão para completar.
Desempacotar as malas, voltar à rotina, encarar o frio novamente e as peculiaridades daqui! E aí começamos a comparar as coisas novamente e pensar: ‘não é possível, ontem eu estava no Brasil!’
Cheguei há conclusão que por mais tempo que a gente viva na China, não vamos nos acostumar, ou pelo menos olhar com olhos desatentos, às coisas que acontecem no dia a dia. No máximo, podemos ver com mais humor e menos espanto.
Na segunda feira, feriado, solzinho gostoso numa temperatura de 12°, resolvemos dar uma volta com a Harriet, minha Golden Retriever chinesa e poliglota. E lá ia eu, mais do que distraída pela calçada olhando uma barraca de frutas, que realmente são lindas de se ver (vou escrever sobre isso), quando o Mário me fala: ‘segura a guia, com força’ e eu não entendi, já ia protestar, dizer que eu sei bem como fazer, aquelas coisas básicas quando dou de cara com um pato passeando pela calçada, como se estive na floresta, na beira do seu lago predileto.
O que espanta, é que a rua que moro é uma avenida movimentada, no meio da cidade, ao lado de lojas da Apple, companhias aéreas, bancos, lojas de frutas, restaurantes de rua… e um pato passeando pela calçada. Claro, fotografei.
Ontem passei em frente ao local, mas de carro. Descobri que o pato deve ser o bichinho de estimação do dono da loja de frutas. Ele continuava lá, faceiro. E tinha tigela de água e ainda uma caixa onde vi o rapaz colocar o bichinho dentro.
E aí, olhamos no semáfaro, e tem uma Ferrari passando… e o pato, provavelmente, passeando lado a lado. 😛
Ah, a Harriet? Olhou para o pato e fez que não era com ela… afinal, ela é chinesa! Se fosse um gato o instinto falaria mais alto!
Zái tián!