Já contei aqui um pouco sobre a história de Shangri La (confere no link), o paraíso perdido. E realmente a cidade tem um ‘que’ de magia envolta nessa ficção que se tornou realidade. Além de tudo, Shangri la faz parte de Yunnan, a província mais colorida da China, e não deixa nada a desejar com seu povo amigável, colorido e de hábitos bem enraizados.
Além de andar pelas ruelas da cidade que está sendo reconstruída, e observar o máximo que pudemos, visitamos alguns pontos interessantes nas duas noites que passamos ali. E aqui descrevo um pouco mais desses locais, sempre acompanhadas pelo nosso guia Kewen!
Mosteiro de Songzanlin
Songzanlin Monastery, também chamado de Ganden Sumtseling Gompa, é o maior mosteiro tibetano em Yunnan. Conhecido como Mosteiro de Guihua, é um dos famosos monastérios da região de Kang. Ele está localizado perto do Condado de Shangri -La, ao pé da Montanha Foping, região de alta altitude, com mais de 3.300 metros de altura.
A construção do mosteiro começou em 1679 e foi completada dois anos depois. A construção parece um grupo de castelos antigos. O telhado de cobre dourado dá ao mosteiro com fortes características tibetanas e suas 108 colunas (um número auspicioso no budismo).
O Mosteiro de Songzanlin também é chamado informalmente de “o pequeno Palácio de Potala”, numa alusão ao Potala que existe em Lhasa, no Tibet.
Lago Napa (Napa Hai)
‘Napa Natural Lake Reserve’ está a 3.270 m acima do nível do mar e cobre 660 quilômetros quadrados. Está a cerca de 8 km a noroeste da cidade de Shangri-La, na província de Yunnan. É um campo ideal para pastores e um paraíso para muitas espécies de aves. Este é, no verdadeiro sentido, um lago sazonado. Quando chega o verão, a neve nas montanhas adjacentes derrete e flui para cerca de dez rios formando um vasto lago. Na estação seca, Napa hai torna-se uma pastagem verde sem limites – o melhor momento para a criação de gado ovino. Em setembro, o lago novamente se transforma em um habitat temporário para aves migratórias, como gansos e patos selvagens.
Napahai (Lago Napa) significa “o lago além da floresta”. Lago Napa em língua tibetana é chamado de “Napatso”, o significado chinês para “o lago atrás da floresta”.
Não precisa dizer que olhar para esse lago de uma das suas bordas é uma visão de perder o fôlego. Como disse uma amiga que já visitou o lugar: ‘o paraíso existe e é aqui’.
As águas do lago são tão calmas e limpas, que fazem a função de espelho, refletindo tudo ao redor: montanhas, o céu, as nuvens, as casas. Acho que palavras não descrevem tudo que vimos. Na realidade isso acontece em todos os relatos que tenho feito sobre essa viagem. Procuro encontrar as palavras, mostrar a magia, a beleza de cada lugar, mas quando vou ler novamente os textos, vejo que faltou muito para a descrição ser perfeita.
A única coisa de mais concreto que posso deixar aqui são as fotos. Mas acreditem: elas ainda não conseguem mostrar a beleza inexplicável desse lugar. É de tirar o fôlego, de verdade.
Templo Guishan
Situado dentro do parque Guishan, esse templo é o maior atrativo do local. Fica no alto do morro e fácil de ser visto de vários pontos da cidade, proporcionando aos visitantes uma bela vista.
Construído no centro da Cidade Velha, este mosteiro com a maior Roda de Oração do mundo, mais de 21 metros de altura, pesando 60 toneladas, que ilumina o céu noturno como uma jóia, um pendente de ouro.
Essa roda de oração dourada e imensa, foi instalada na Cidade velha em 2002, e à partir de 2005 passou a ter um sistema de iluminação noturna, que dá uma outra dimensão ao templo e a roda.
E mais curiosidades sobre a Roda de oração, vejam esse vídeo que fiz em parceria com a RBG.
Andando pela cidade
O restante do tempo, que não foi muito, exploramos a cidade com caminhadas. Visitamos um centro comunitário onde vendiam artesanato local e também mantém uma biblioteca super bem montada, com livros em vários idiomas, para atender as crianças locais.
Além disso, nos deparamos com uma escola de Thangka, uma técnica de pintura chinesa, que vou pesquisar um pouco mais para escrever sobre isso, pois é uma obra surpreendente em seus detalhes quase imperceptíveis a olho nu. Aguardem.
O roteiro continua…
E agora só falta escrever sobre nossa passagem por Lijiang, e terminamos a viagem.
Não deixe de nos acompanhar e conhecer um pouco mais sobre essa província linda, colorida e cheia de tradição: Yunnan.
Zài Jián!
Pingback: Descobrindo o Sul de Yunnan – China | China na minha vida