Hoje é um daqueles dias que estou aqui a ponderar, pensar e tentar chegar em algumas conclusões momentâneas. Sim, porque nessa minha trajetória já aprendi que nunca é um lugar que não existe e conclusões para sempre também não.
Somos seres em evolução constante, dia a dia aprendemos novas coisas, novos conceitos, vivemos novas experiências, acertamos, erramos e redirecionamos a bússola quantas vezes forem necessárias. E quem não consegue fazer isso acaba sofrendo e lutando contra si mesmo.
Como ter certeza de tudo, se julgar dona de uma razão imutável, não estra aberto a ponderações e questionamentos internos?
Mudar a opinião ou passar a ponderar sobre o “outro lado da moeda” é um exercício de respeito e amor consigo mesmo. É crescer, reconhecer seus limites, estar aberto ao novo.
E com essa crença que trago comigo, vou tentando sempre olhar para dentro, ao redor e adiante. Quem sou, o que estou vivendo, porque e para que, qual caminho seguir agora.
Tento também não ser excessivamente cruel com o ser que me habita, afinal a tentação é grande, mas a gente vai amadurecendo e percebendo que tudo tem limite, seja para ser conivente, passar a mão na cabeça, como para ser o carrasco julgador que aponta o dedo para si mesmo todas as manhãs quando nos olhamos no espelho.
Não, não foi sempre assim. Já fui muito dona da verdade, me achando invencível, com soluções prontas para tudo, teorias que julgavam tudo e todos, dizendo muitas vezes: “Ah, se fosse eu jamais faria isso ou aquilo”.

Quanta ilusão, não é mesmo?
E hoje estou aqui, refletindo sobre essa Christine do passado distante, tentando entender quem sou depois de tantas vivências conflitantes e decisões muitas vezes tomadas a revelia ou pela própria vida e, minha única opção foi me deixar levar, fazer do limão uma limonada e seguir na eterna busca do que virá.
Tenho muitas crenças diferentes das que tinha na adolescência ou no inicio da vida adulta que julgava imutáveis, afinal “minha experiência” me dava esse direito.
Hoje ainda acho que tenho razão em pensar assim ou assado também, mas a diferença é que sei que algo pode acontecer amanhã ou daqui um ano e eu perceber que mudar é preciso, que a vida não pode ser engessada, que precisamos ser leves e, como escrevi no meu artigo mais lido nesse blog, flexíveis!
E dentro de todas essas ponderações comecei apensar nessas três palavras que nos definem na vida, num momento e numa situação: ser, estar e pertencer.
Buscando no dicionário, encontrei definições que sintetizo:
SER
A essência de cada pessoa.
ESTAR
Achar-se em certa condição num dado momento.
PERTENCER
Fazer parte de algo ou de algum lugar.
Minhas conclusões
Eu SOU a Christine, essência de mim mesmo, trago uma bagagem de vida, uma experiência, que ninguém, nem nada podem me tirar. Meu dom é escrever, olhar a vida sempre pelo lado bom, filosofar, eterna aprendiz que adora dividir o pouco que sabe e não se importa de ter que refazer a rota quando necessário.
Teimosa as vezes e (como boa leonina) com alguns defeitinhos que passam despercebidos – podem rir!
Sou mãe e filha, mulher, brasileira.
Pode chover, nevar, fazer sol. Posso mudar de emprego, de cidade, de país. Continuarei a ser quem sou.



ESTOU agora em Portugal, mas já estive em Santos, Paranaguá, Praia Grande, na China. Já estive funcionária publica, presidente de algumas instituições, chefe em outras, aluna, viajante… e ficaria aqui relatando todas as experiências de vida que passei e fazem parte da caminhada.
Agora o PERTENCER, confesso a vocês que muitas vezes fico confusa. Fazemos parte de comunidades, de associações, da nossa própria família. Pertencer é se sentir parte, e nesse ponto me sinto parte de tantos lugares e grupos que algumas vezes não consigo definir a que pertenço de fato.
E sair da China, me fez ponderar sobre tudo isso, sobre esse sentimento que trazemos, mas que nem sempre é real. Me sinto pertencente a muitas coisas que de fato não me pertencem mais da mesma forma.
Me pego falando de Paranaguá, cidade onde cresci, como se fosse o meu lugar, mas pensando friamente, não pertenço mais aquele lugar. Minhas memórias sim, pertencem aquela época, aquele momento onde estava lá. Se for até Paranaguá hoje, talvez nem reconheça mais os locais da minha infância.
E no final, me sinto pertencendo ao mundo e as emoções e experiências que vivi, que vivo. Desde muito pequena, as mudanças fizeram parte da minha vida (falei disso nesse texto) e isso é o que me move. Essas lembranças, esses pertencimentos e a busca constante de me encontrar no novo lugar, sem deixar de ser quem sou.
Ser, estar e pertencer. Três palavrinhas mágicas que resumem quem somos onde estamos e o rumo que damos a nossa trajetória de vida.
E você, como se percebe nesse mundo?
Zài JIán!
Eu adorei esse post e recomendei.❤️😘
CurtirCurtido por 1 pessoa
Opaaa!
CurtirCurtir
Me sinto ainda na sua primeira fase, um pouco dona da razão. Vou tentando me desprender da visão preto e branco, buscando mais leveza e empatia. Chego lá! O primeiro passo, dizem, é querer. 😘
CurtirCurtir
Isso Vanessa,
Querer e entender que terão pedras no caminho, e tudo bem.
Tropeçar também faz parte do processo…rs
Beijo
CurtirCurtir
Muito bom! A maturidade facilita o processo.⛩
CurtirCurtir
Com certeza! 😉
CurtirCurtir