E nossa viagem continua. Depois de algumas horas de carro chegamos em Xishuangbanna e, sinceramente, me senti na Tailândia ao dar de cara com elefantes nos saudando ao invés dos tradicionais leões ou dragões chineses.
Não somente esse detalhe, mas toda arquitetura do local, os telhados, a distribuição dos edifícios, a decoração, tudo era muito tailandês! As placas de rua, dos templos, locais turísticos, os cardápios também são todos escritos em mandarim e em tailandês (ao menos eu reconheci aqueles desenhinhos como sendo os mesmos que vi na Tailândia).
Até souvenir da Tailândia a gente encontrou ali.
A única coisa que não há nessas terras chinesas que parece a Tailândia são as praias…
Se não fosse isso, eles me convenciam num primeiro momento.
O que nos trazia a realidade, eram as lanternas penduradas nos telhados tailandeses, que já estavam saudando o ano novo chinês, e as bandeiras da China espalhadas pela cidade.
Xishuangbanna
Está localizada no extremo sudeste da China. Não é apenas a principal passagem e base para o sudeste da Ásia e sul da Ásia, mas uma janela da província de Yunnan abriu para o mundo.
Como a única reserva natural de floresta tropical na China, a área tem uma diversidade biológica surpreendente na floresta virgem, particularmente por estar tão longe da China central e considerada isolada.
A região de Xishangbanna cobre uma área de 19.124,5 quilômetros quadrados, com uma população de 840.000 habitantes, incluindo Dai, Hani, Lahu, Blang, Jinuo e nove outros grupos étnicos. A minoria Dai representa quase 30% da população, seguidos pelos Han com cerca de 28%, e a minoria Hani com 19%, os demais grupos somam os quase 25% restante.
O povo Dai é budista. Existem 500 templos, 150 pagodes e 5.000 monges na região.
O símbolo de Xishuangbanna é o pavão, que enfeita desde as roupas até os postes de iluminação da cidade.
Um pouco de história
No caos da Revolução Xinhai que derrubou o Império em 1911 em favor de um governo republicano chinês, um funcionário local, Chao Meeng Jie, encenou uma rebelião contra funcionários remanescentes da dinastia Qing.
O governo provincial de Yunnan da recém-criada República da China enviou tropas em 1913 para expulsar os rebeldes. Ke Shuxun permaneceu em Xishuangbanna para governar com seus “13 Princípios de Governar a Fronteira”, que enfatizavam a igualdade entre os Han (a maioria étnica chinesa) e Dai.
A segunda guerra Sino-japonesa (1931- 1945) viu o pesado bombardeio de Xishuangbanna por tropas japonesas e um influxo simultâneo de propaganda pan-taiista do aliado do Japão, a Tailândia, o que reduziu o apelo de uma maior identidade tailandesa nessa região (fico imaginando se isso não tivesse acontecido…).
Em 23 de janeiro de 1953, a República Popular da China estabeleceu a Região Autônoma Xishuangbanna Dai. Naquele ano, o Congresso do Povo de Xishuangbanna criou o alfabeto Tai Lue, baseado no alfabeto Tai Tham.
Xishuangbanna tornou-se uma prefeitura autônoma em 1955. A reforma agrária começou em janeiro de 1956, destruindo o poder dos chefes de aldeia. As plantações de borracha estatais foram responsáveis pela maior parte da riqueza da região durante o período inicial da República Popular da China.
Xishuangbanna também recebeu o Movimento de Descida ao Campo da Revolução Cultural (1966-1976). Durante este período, os templos budistas foram usados como celeiros, sendo restaurados para seu propósito original em 1981.
O que visitamos na região em fotos
Lancang River Night Market
Imperial Garden



















Lacang Local Market












Xishuangbanna Tropical Botanical Garden












Mekong Starlight Night Market















Hekai Ancient Tea Mountains












E assim foi nossa viagem pelo sul de Yunnan. O trabalho do Kewen, nosso guia em Yunnan, facilitou demais nossa vida. Sempre digo que andar pela China com guia, principalmente em locais mais distantes das bolhhas internacionais, é investimento, garantia de uma viagem sem muitos sustos (porque aqui sempre tem algum…)
O que mais me deixou feliz, foi ter mostrado para Sofia (minha sobrinha, para quem chegou agora), uma China que já não se vê mais nas grandes cidades como Shanghai, mas ela existe e é forte, impactante e realmente nos encanta!
E se você quiser ver nossas aventuras com mais detalhes, estão todas salvas em video nos destaques do Instagram @chinanaminhavida
E assim continuamos andando pela China, pois nossa viagem ainda não terminou.
Próxima parada: Beijing.
Continuem conosco.
Zài Jián!
Querida Christine, que alegria ver você viajando pela China e descobrindo tantas coisas. Me orgulho de ter convivido com você… Estou quase chegando em Shanghai, Me falta escrever apenas 3 capítulos para completar o livro “Na China com os anjos”e um dos anjos é você. Beijos, alegria, continue viajando, fotografando e falando deste país que eu também gostei muiiiiito de conhecer.
abraçào, arcelina
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Sempre uma delícia recer seus comentário, Arcelina! beijo enorme e ansiosa esperando o livro.
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