No final de janeiro fomos conhecer esse local maravilhoso: Huangshan 黄山 – Yellow Mountain, ou em bom português, Montanha Amarela. Fica na província de Anhui. E já escrevi sobre ela aqui no blog.

Esse local é tombado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. E decidimos ir nessa época, pois lemos que a montanha tem duas paisagens distintas no inverno e no verão. Sendo assim, ainda voltarei lá mais uma vez para conferir o visual com uma temperatura mais amena.

Dessa vez pegamos -8°C com sensação térmica de -16°C, uma delícia de experiência!

Fomos num grupo de 10 amigos, e como se precisa de ao menos 3 dias lá, tínhamos que ir na sexta feira para aproveitar o final de semana. Para não ficar ruim para ninguém resolvemos ir de carro, saindo de Shanghai no final da tarde. São 6 horas de viagem.

Na manhã seguinte, acordamos e fomos para a montanha. O tempo nos ajudou e apesar de estar bem frio e tudo branquinho de neve, não estava nevando no dia. Mesmo assim, nosso carro não conseguiu chegar no ponto final, pois não tinha pneus preparados para a neve.

Andamos um pouco, compramos os tickets e o mais importante: umas ‘garras’ para colocar no solado do sapato, que é fundamental para não escorregar na neve. Jeitinho chinês para tudo. Eles também vendiam uma espécie de ‘bengala’ ou arpão para ajudar na caminhada. Esse eu não comprei e… me arrependi! Mas a gente não pode acertar sempre, certo?

Esses tickets eram para pegar um ‘cable car’ do estilo do Bondinho do Pão de Açucar, mas bem maior, que nos deixou na metade da montanha. De lá, se quiséssemos chegar no topo, teríamos que subir andando. E o caminho era todo de escadarias, cobertas de neve e gelo (perceberam porque a ‘bengala’ fez falta?)

Tiramos fotos lindíssimas e o local é exatamente como vemos nas fotos espalhadas por aí. Mas ver ao vivo e à cores é outra coisa! Só não deu para perceber porque o nome ‘montanha amarela’, pois tudo era branco!

Existem alguns hotéis na montanha e a maneira de chegar lá é pelo ‘cable car’ também. E a bagagem? Existes funcionários que carregam em espécies de balanças no ombro para dar equilíbrio. E não só as bagagens dos hóspedes, mas toda a sorte de suprimentos para os hotéis e restaurantes. Uma doidera!

Começamos a subida, que não é nada fácil. E sinceramente, voltei do meio. Quanto mais subia, mais difícil ficava a respiração, por isso resolvi voltar e esperar o grupo com um chazinho quentinho no bar do primeiro hotel que passamos depois que saímos do teleférico.

A descida dá mais medo, por conta do gelo, o medo de escorregar e eu estava sozinha. Mas devagar se vai ao longe, certo?

Existem algumas trilhas nesse local que são como pontes suspensas presas nas rochas, mas no inverno elas ficam interditadas.

Depois que todos voltaram, pegamos o cable car para descer (ele só funciona a cada uma hora), e andamos de volta até o carro que nos levou para o hotel.

Nosso hotel ficava no Taiping Lake, mas infelizmente a névoa estava muito densa e pouco pudemos enxergar além. Mas reparei que nesse hotel, que fica sob o lago, tem jet ski e outras atividades para aproveitar o local no verão. Nem tinha ido embora e já estava pensando na volta em outra estação.

No domingo íamos conhecer o vilarejo e a cidade de Huangshan, mas estava nevando demais e o motorista estava apreensivo de como estaria a estrada. Tomamos café com mais calma e resolvemos voltar apreciando um pouco da paisagem que não vimos quando chegamos. Foram quase  4 horas andando por locais com neve, até a paisagem começar a voltar ao normal…

Uma aventura difícil de descrever, mas que como tudo aqui, sempre vale à pena!

E você, já conheceu esse lugar?

Zài Jiàn!