Outro dia navegando por entre noticias e curiosidades, me deparei com um artigo sobre o alcance do e-commerce na China.

A ideia da imensidão disso já existia. Partindo-se do principio que uma população de bilhões de pessoas, num país tão grande onde nem todos tem acesso ao mercado consumista que é Shanghai, por exemplo, o acesso à internet seria o caminho mais curto para a aquisição de bens.

Fora isso tem o TaoBao, que já falei dele aqui, onde se compra desde agulha até joias, passagens aéreas e o que mais sua imaginação permitir.

Mas essa pesquisa comprova as suspeitas, afinal mostra números. E contra eles não há o que se falar. A pesquisa, na realidade um infográfico, foi produzida pela empresa Alibabá, nada mais que o donos do TaoBao e de todas as lojas online no mundo que levam esse nome.

Com o crescimento da classe média chinesa, apoiada pelo governo para estimular o consumo interno, o mercado de compras online cresceu em 55% em 2012. E para 2013 as projeções são absurdas de tão grandes!

Tudo bem que eu faço parte dessa estatística, pois depois que descobri as facilidades do TaoBao, tem muita coisa que não saio mais de casa para comprar e me estressar (rs). E como eu, muitos outros estrangeiros. Mas no final não representamos nem 0,01% desse numero, acredito.

Mas vamos aos números:

– A expectativa para 2013 é que sejam gastos cerca de 265 bilhões de dólares no comercio online na China, ultrapassando o atual maior consumidor online (por décadas) que é os EUA.

– O numero de consumidores online na China chegará aos 275 milhões de pessoas, ultrapassando em 75 milhões os EUA, será o dobro do numero de japoneses e 6 vezes mais que os britânicos que usam esse tipo de comercio.

E quem são esses ávidos consumidores?

– 52% são homens e 48% mulheres;

– 61% tem entre 18 e 30 anos;

– 90% pagam através de e-banking, mas ainda tem uma parcela que paga quando entregam o produto na sua casa.

– 44% pesquisam nas opiniões de outros compradores antes de decidir sobre o produto e a loja que irão usar. Essa questão da opinião alheia, podemos assim dizer, é tão importante e tem um impacto tão grande no consumo, que o TaoBao possui programa de incentivo pra quem avalia o produto que recebeu. E as redes sociais incentivam os comentários de restaurantes, lojas de rua, hotéis. E o chinês antes de escolher um restaurante, vai consultar seu smartphone conferir as avaliações do estabelecimento e o prato mais recomendado. Uma loucura.

– 52% dos consumidores escolhem esse tipo de comercio por encontrar preços mais baixos que no comercio de rua. E isso é a pura verdade, principalmente para as pessoas que não tem olho puxado. J

– 54% compram no Tmall, que é uma loja dentro do TaoBao, mas que oferece produtos mais confiáveis. Me explicaram que o TaoBao é como um grande shopping, onde lojistas compram de diversos fornecedores e revendem. Já as lojas do Tmal geralmente são dos próprios fabricantes. Acho que é isso.

– Os produtos mais comprados são: 68% compram roupas. Em menor proporção, a lista vem seguida por artigos para casa, eletrônicos, livros e áudio, produtos de beleza e cuidados pessoais.

Em 2011 a China vendeu online 125 bilhões de dólares, contra 188 bilhões de dólares dos EUA. Já em 2012 a diferença entre os valores diminuiu: 194 bilhões na China contra 209 bilhões nos EUA. E a perspectiva para 2013 será a de ultrapassar os EUA em pelo menos 35 bilhões de dólares. Ou seja, terão que vender mais 50 bilhões de dólares do que em 2012. Vamos ver quando 2014 chegar.

Esse numero fica mais imponente quando percebemos que nos EUA 78% da população tem acesso à internet e na China, somente 40% da população tem esse acesso. Se bem que 40% da população aqui é gente que não acaba mais!

É isso: A China não só revolucionou o mercado físico mundial, como está sacudindo o mercado virtual também.

Zài Jiàn.